embora já com um par de anos, a ideia inicial deste blog foi a de sempre falar de coisas boas da vida, da vida além do défice, de referenciar os bons lugares onde se come, onde bebe, onde brinca, onde a experiência que nos proporcionam permite viver.
acontece que esta semana voltei à minha rua, aquela que me viu nascer e não posso deixar passar o facto que há um sem abrigo na minha rua.
ela nunca foi uma rua rica carregada de Bê Émes ou de Aúdies, é certo, mas que me lembre, à 30 anos atrás, ocasionalmente dormia alguém na rua, debaixo das arcadas, mas era um acontecimento raro.
hoje não!
o novo T0 está lá montado com caixas de cartão e cobertores, à vista de todos, abrigado do vento com um plástico preto a servir.
Na rua já se vê alguns Bê Émes todos do mesmo dono, o indiano da papelaria, vá-se lá perceber como é que uma papelaria dá tanto dinheiro que permita ter 2 apartamentos luxosos com rodas, o sr. Gaspar certamente que sabe.
Há mais vida além do défice? Continua a haver, mas este sinal dos tempos idos vividos hoje não podia passar em branco, é que há um sem abrigo na minha rua e isso revolta.
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